Análise dos Índices Espectrais da Variabilidade da Frequência Cardíaca Durante a Mudança Postural de Idosos Hipertensos

Autores

  • Ariane Hidalgo Mansano Pletsch Universidade de Cuiabá. MT, Brasil
  • Alderico Rodrigues de Paula Júnior Universidade do Vale do Paraíba, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Bioengenharia. SP, Brasil.
  • Nelson José Freitas da Silveira Universidade Federal de Alfenas, Laboratório de Modelagem Molecular e Simulação Computacional. MG, Brasil.
  • Walkiria Shimoya-Bittencourt Universidade de Cuiabá, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ambiente e Saúde. MT, Brasil.
  • Rodrigo Aléxis Lazo Osório Universidade Anhembi Morimbi, Instituto de Engenharia Biomédica. SP, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.17921/2447-8938.2018v20n2p146-150

Resumo

Resumo

O estudo da Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) tem permitido, de forma não invasiva, avaliar o Sistema Nervoso autônomo e o risco cardíaco, sendo um importante indicador prognóstico de doenças cardíacas e sistêmicas. O objetivo foi avaliar e comparar a VFC no domínio da frequência e do tempo de idosos com hipertensão arterial e de idosos saudáveis frente à mudança postural de repouso para sentado. Foram estudados 18 indivíduos hipertensos e 18 indivíduos saudáveis na faixa etária de 60 a 85 anos. A frequência cardíaca e os intervalos R-R foram coletados pelo instrumento Polar S810i durante 1200 s nas posturas supina e sentada. A VFC foi analisada no domínio do tempo - DT pelas variáveis: Índice raiz quadrada da média dos quadrados das diferenças entre intervalos R-R (iR-R) sucessivos (RMSSD), desvio padrão da média dos iR-R normais em ms - SDNN e PNN50%, que traduz a diferença de duração superior a 50 milissegundos, e no domínio da frequência, pelas bandas de alta (AF) e baixa frequência (BF), e da razão BF/AF. Ocorreu alteração na VFC dos idosos tanto no grupo controle e hipertenso, no entanto não houve mudanças significativas na VFC entre os grupos estudados. Ao analisar a VFC no domínio do tempo, o estudo mostrou que a amostragem estudada apresenta alto risco cardíaco ao analisar o parâmetro SDNN. Conclui-se que a mudança postural alterou a VFC desses idosos, tanto no grupo controle e hipertenso, no entanto não houve mudanças significativas na VFC entre as fases dos grupos estudados e obteve-se como resultado alto risco cardíaco ao avaliar o parâmetro SDNN em ambos os grupos.

Palavras-chave: Hipertensão. Idoso. Frequência Cardíaca.

Abstract

The study of heart rate variability (HRV) allows noninvasive way to evaluate the autonomic nervous system and cardiac risk, and an important prognostic indicator of heart and systemic diseases disease. The objective was to evaluate and compare the HRV in the frequency and duration of elderly patients with hypertension and healthy elderly versus postural change in the condition of rest. The study comprised 18 hypertensive individuals and 18 healthy subjects aged 60 to 85 years, both sexes. Heart rate and RR intervals were collected by the instrument Polar S810i during 1200 s in supine and sitting postures. HRV was analyzed in time domain indices SDNN, RMSSD and PNN50% and the frequency domain, by bands of high (AF) and low frequency (LF), and the ratio LF / HF. Intergroup intra-analyes were used as well as the tests of normality D’Augustine as a criterion for parametric groups. There was change in heart rate variability of both the elderly and hypertensive patients in the control group, however there were no significant changes in studied HRV intergroups . In the area of the time it was found that the sampling shows high-risk cardiac parsing the parameter SDNN. The results showed that the change posture changed the variability of heart rate in the control group and hypertension, however there were no significant changes in HRV among the phases of the groups and a high risk was obtained as a result of the parameter SDNN for both heart the groups.

Keywords: Hypertension. Aged. Heart Rate.

Referências

Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Hipertensão, Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010;95(1 supl.1):1-51

Rosário TM, Scala LCNS, França GVA, Pereira MRG, Jardim PCBV. Prevalência, controle e tratamento da hipertensão arterial sistêmica em Nobres, MT. Arq Bras Card 2009;93(6):672-8.

Choi WS, Ock SM, Kim CM, Lee C, Jeong KS, Lee SJ. Efeitos do exercício aeróbio sobre a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) J-coreano Acad Fam Med 2005;26:561-6.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde. Brasília: MS; 2017.

Task Force - Heart Rate Variability. Standards of measurement, physiological interpretation and clinical use. Circulation 1996;93(5):1043-65.

Draghici, AE, Taylor JA. The physiological basis and measurement of heart rate variability in humans. J Physiol Anthropol 2016;35:22. doi: 10.1186/s40101-016-0113-7

Dekker JM Crow, RS, Folsom AR. Low, heart rate variability in a 2 min. rhythm strip predicts risk of coronary heart disease and mortality from several causes. The aric Study. Circulation 2000;102:899-908.

Zhu H, Poole J, Lu Y, Harshfield GA, Triber FA, Snieder, et al. Sympathetic nervous system, genes and human essential hypertension. Curr Neurovasc Res 2005;2(4):303-17.

Julian F, Thayer, Shelby S. Yamamoto, Jos F. Brosschot, The relationship of autonomic imbalance, heart rate variability and cardiovascular disease risk factors. Int J Cardiol 2010;141(2)122-31. doi: 10.1016/j.ijcard.2009.09.543.

Antelmi I, De Paula RS Shinzato AR, Peres CA Mansur AJ, Grupi CJ Influence of age, gender, body mass index, and functional capacity on heart rate variability in a cohort of subjects without heart disease. Am J Cardiol 2004;93(3):381-5.

Gallo-Junior, L. Effects of aerobic exercise training on heart rate variability during wake fulness and sleep and cardiorespiratory responses of young and middle-aged healthy men. Braz J Med Biol Res 2002;35:741-52.

Ribeiro JP, Moraes RSF. Variabilidade da freqüência cardíaca como instrumento de investigação do sistema nervoso autônomo. Rev Brás Hipertens 2005;12(1):20.

Melo RC, Santos MDB, Silva E, Quitério RJ, Moreno MA, Reis MS, et al. Effects of age and physical activity on the autonomic control of heart rate in healthy men. Braz J Med Biol Res 2005;38(9):1331-8. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-879X2005000900007

Irigouen MC, Fiorino F, Angelis K, Krieger EM. Sistema nervoso simpático e hipertensão arterial: reflexo cardio circulatório. Rev Brás Hipertens 2005;12(4):229-33.

Guo XH, Yi G, Batchvarov V, Gallagher MM, Malik M. Effect of moderate physical exercise on noninvasive cardiac autonomic tests in healthy volunteers. Int J Cardiol 1999;69(2):155-68. doi: https://doi.org/10.1016/S0167-5273(99)00029-7

Gamelin F, Berthoin S, Bosquet L. Validity of the polar S180 heart rate monitor to measure R-R intervals at rest. Med Sci Sports Exert 2006;38(5)887-93. doi: 10.1249/01.mss.0000218135.79476.9c

Nascimento ACP, Kawaguchi LYA, Criollo CJT, Júnior ARP, Martins RABL. Desenvolvimento de um sistema para análise no tempo e na freqüência cardíaca induzida pela manobra da Valsalva. Int Conf Eng Computer Educ 2007:1181-5.

Kavachi I, Sparrow D, Vokonas OS, Weiss ST. Decrease heart rate variability in men with phobic anxiety (data from the normative aging data). Am J Cardiol 1995;75:882-5.

Santos MAA, Barreto-Filho JA, Oliveira JLM, Reis FP, Cunha Oliveira CC, Sousa ACS. Envelhecimento, variabilidade da frequência cardíaca e padrões de regulação autonômica do coração. Arq Gerontol Geriatr 2016;28.

Andrade PE, Amaral JAT, Paiva LDS, Adami F, Raimudo JZ, Valenti VE, et al. Reduction of heart rate variability in hypertensive elderly. Blood Press 2017;26(6):350-8. doi: 10.1080/08037051.2017.1354285.

Wyss JM. The role of the sympathetic nervous system in hypertension. Curr Opin Nephrol Hypertens 1993;2:265-73.

Panza J, Epstein SE, Quyyumi AA. Circadian variation in vascular tone and its relation to alpha-sympathetic vasoconstrictor activity. N Engl J Méd 1991;325:986-90.

Patel PA, Diwan JS, Shah CJ, MehtaHB. Study of heart rate variability in hypertensive subjects. Natl J Integr Res Med 2015;6(1):1-6.

Minatel V, Karsten M, Neves LMT, Beltrame T, Borghi-Silva A, Catai AM. Avaliação da frequência cardíaca à medida de pressão expiratória máxima estática e à manobra de Valsalva em jovens saudáveis. Rev Bras Fisioter 2012;16(5):406-13. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-35552012005000045.

Sakabe DI, Catai AM, Neves VFC, Oliveira L, Silva de Sá MF, Azevedo GD, et al. Análise da modulação autonômica do coração durante condições de repouso em homens de meia-idade e mulheres pós-menopausa. Rev Bras Fisioter 2004;8(1):89-95.

Aubert AE, Seps B, Beckers F, Heart rate variability in athletes. Sport Med 2003;33(12):889-919.

Angelis KD, Santos MDSB, Irigoyen MC. Sistema nervoso autônomo e doença cardiovascular. Rev Soc Bras Cardiol 2004;3:1-7.

Downloads

Publicado

2018-06-30

Como Citar

1.
Pletsch AHM, de Paula Júnior AR, Silveira NJF da, Shimoya-Bittencourt W, Osório RAL. Análise dos Índices Espectrais da Variabilidade da Frequência Cardíaca Durante a Mudança Postural de Idosos Hipertensos. J. Health Sci. [Internet]. 30º de junho de 2018 [citado 24º de abril de 2024];20(2):146-50. Disponível em: https://journalhealthscience.pgsscogna.com.br/JHealthSci/article/view/6399

Edição

Seção

Artigos